O Vaticano anunciou há quatro dias que o cardeal John Njue, arcebispo emérito de Nairóbi, não participaria do conclave para escolher o novo papa, sem fornecer detalhes. O religioso, no entanto, afirmou ao jornal Daily Nation que não foi convidado, negando rumores de problemas de saúde. A ausência gerou especulações, com o jornal italiano La Repubblica sugerindo que a exclusão estaria ligada a uma alteração em sua data de nascimento em documentos oficiais, o que o tornaria elegível para votar.
Documentos indicam que a data de nascimento do cardeal teria sido modificada de 1944 para 1946, permitindo que ele permanecesse abaixo do limite de 80 anos exigido para participar do conclave. A revelação levantou questões sobre a elegibilidade do religioso, embora nenhuma acusação formal tenha sido feita. O arcebispo de Nairóbi, Philip Anyolo, posteriormente emitiu uma nota afirmando que o cardeal havia sido convidado, mas não pôde viajar devido a condições de saúde.
A situação permanece envolta em incertezas, com versões contraditórias sobre os motivos da ausência. Enquanto o Vaticano mantém discrição, a imprensa internacional segue investigando as circunstâncias que levaram à exclusão do cardeal do processo de escolha do próximo líder da Igreja Católica. O episódio destaca a complexidade dos procedimentos internos do conclave e a importância da transparência em decisões de grande relevância institucional.