As vendas do comércio varejista em São Paulo cresceram 8,9% em fevereiro de 2025 na comparação com o mesmo mês do ano anterior, alcançando R$ 114,6 bilhões em faturamento real – o maior valor para o período desde 2008. O desempenho foi impulsionado pelo crescimento em todos os segmentos, com destaque para vestuário, tecidos e calçados (21%), autopeças (16%) e concessionárias de veículos (13,9%). Segundo a FecomercioSP, o resultado reflete a melhora no emprego e na renda, que ampliou o poder de compra das famílias.
Na capital paulista, o aumento foi de 9,1%, com faturamento de R$ 35,4 bilhões, impulsionado por setores como eletrodomésticos (20,6%) e vestuário (19,5%). As instituições atribuem o crescimento a promoções agressivas, crédito facilitado e ao aumento da renda disponível no curto prazo. No entanto, o segmento de supermercados teve desempenho mais modesto (7,4%), influenciado pela inflação e pela migração de parte dos consumidores para atacarejos.
Apesar do cenário positivo, a FecomercioSP alerta para os riscos da inflação próxima de 6%, que pode corroer o poder de compra, e do aumento da taxa Selic, que limita o consumo de bens duráveis. O estudo também destaca que, em alguns casos, os preços mais altos levaram os consumidores a gastar mais sem necessariamente levar maior volume de produtos para casa.