O Valencia CF se manifestou publicamente contra trechos do documentário “Baila, Vini”, produzido pela Netflix, que aborda a carreira do atacante brasileiro Vinícius Júnior e os casos de racismo que ele enfrentou. O clube espanhol exigiu uma retificação imediata da plataforma, alegando que o conteúdo apresentado sobre o incidente ocorrido em seu estádio, o Mestalla, em maio de 2023, não condiz com a realidade. Em comunicado, o Valencia afirmou que “a verdade e o respeito pelos nossos torcedores devem prevalecer” e ameaçou tomar medidas legais.
O documentário, lançado em 15 de maio, inclui um vídeo gravado durante o jogo em que torcedores são ouvidos gritando “tonto, tonto”. No entanto, a legenda na rede social Tik-Tok traduz o termo como “mono” (macaco, em espanhol), o que teria causado desconforto no clube. Na época, o episódio ganhou repercussão internacional e quase se tornou uma crise diplomática entre Brasil e Espanha, devido às acusações de racismo.
O Valencia reforçou que não tolera discriminação e que busca preservar a imagem de sua torcida. Enquanto isso, a Netflix não se pronunciou sobre o pedido de retificação. O caso reacende o debate sobre a responsabilidade de plataformas de streaming na reprodução de conteúdos sensíveis e a importância de apuração factual em documentários esportivos.
