A União Europeia planeja introduzir uma taxa universal de dois euros (R$ 12,72) sobre cada pacote pequeno e de baixo valor que entra no bloco, com foco nos envios originários da China. O comissário europeu do comércio explicou que as plataformas de comércio eletrônico serão responsáveis pelo pagamento desse valor. A medida busca cobrir os custos crescentes de processamento e segurança, já que o volume de encomendas atingiu 4,6 bilhões em 2024, com cerca de 90% vindos da China.
A decisão reflete desafios logísticos e alfandegários, já que a avalanche de pacotes sobrecarrega os sistemas de controle e os funcionários responsáveis pela fiscalização. O valor não é considerado um imposto, mas sim uma taxa para compensar os gastos operacionais. A situação lembra a política adotada pelo Brasil, que taxou em 20% compras internacionais de até US$ 50, popularmente conhecida como “taxa das blusinhas”.
A medida visa equilibrar a competitividade do mercado europeu, já que muitos produtos chineses chegam com preços muito baixos devido a isenções fiscais. Embora a taxa seja modesta, seu impacto pode ser significativo para plataformas como Shein e Temu, que dominam esse segmento. A proposta ainda passará por discussões no Parlamento Europeu antes de ser implementada.