Há exatamente um ano, em maio de 2024, o Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública diante das piores enchentes já registradas no estado. As chuvas sem precedentes afetaram 478 dos 497 municípios gaúchos, deixando 184 mortos, 806 feridos e 25 desaparecidos. Cerca de 2,4 milhões de pessoas foram impactadas diretamente, com quase 200 mil desalojadas ou desabrigadas. A crise mobilizou uma operação de guerra, com esforços conjuntos de governos, voluntários e doações, além de auxílios emergenciais para 420 mil famílias.
Apesar dos avanços na reconstrução, o estado ainda não recuperou totalmente seu ritmo de vida. Programas como a Compra Assistida de imóveis e a construção de moradias provisórias ganharam impulso, mas a demanda por habitação permanente pode chegar a 22 mil unidades. Além disso, a infraestrutura de prevenção contra novas tragédias ambientais ainda está em fase de planejamento, com atrasos devido a impasses entre os entes federativos.
Enquanto o PIB do estado cresceu 24% em 2024, impulsionado pelos investimentos federais e estaduais, o processo de reconstrução completa deve levar anos. Histórias de resiliência marcam a trajetória dos gaúchos, muitos dos quais ainda vivem em abrigos. O desafio agora é garantir soluções definitivas para as famílias afetadas e preparar o estado para futuros eventos climáticos extremos.