George Simion, candidato ultranacionalista de 38 anos, liderou o primeiro turno das eleições presidenciais na Romênia, com 40% dos votos, segundo dados parciais que contabilizam 95% das urnas. Em segundo lugar, ficou o candidato da coalizão governista, Crin Antonescu, com 20,9%, seguido pelo prefeito de Bucareste, Nicusor Dan, com 20,2%. Os dois mais votados disputarão o segundo turno em 18 de maio, em uma eleição que pode ter implicações significativas para a política externa do país.
O resultado é acompanhado com atenção por EUA, Ucrânia e Rússia, devido ao papel estratégico da Romênia na região. O país abriga uma base de defesa antimísseis dos EUA e é uma rota crucial para o envio de armas à Ucrânia, além de auxiliar na segurança marítima e no treinamento de pilotos ucranianos. A possível vitória de Simion, associada a propostas nacionalistas, pode afetar a estabilidade da OTAN e os investimentos no país, segundo analistas.
A eleição, inicialmente prevista para dezembro, foi adiada após alegações de interferência russa. O candidato originalmente favorito, com ideias pró-Rússia, foi barrado por questões legais, levando à substituição por Simion. O pleito é visto como um termômetro do crescimento do nacionalismo na União Europeia, em um contexto de tensões geopolíticas.