Autoridades de segurança do Reino Unido estão investigando a possível participação da Rússia em uma série de incêndios criminosos contra propriedades vinculadas ao primeiro-ministro Keir Starmer. Segundo o Financial Times, três indivíduos — dois ucranianos e um romeno — foram acusados de conspiração, e há suspeitas de que tenham sido recrutados por agentes russos. No entanto, as investigações ainda não confirmam se o Kremlin ordenou os ataques ou se os acusados tinham conhecimento do suposto envolvimento russo.
Nos últimos meses, agências de inteligência ocidentais identificaram esquemas russos para realizar atos de sabotagem na Europa, incluindo assassinatos e incêndios, muitas vezes recrutando criminosos locais. O Reino Unido, um dos principais aliados da Ucrânia, tem sido alvo frequente de operações desse tipo. Starmer defende a manutenção da pressão sobre a Rússia para encerrar a guerra e apoia o envio de tropas de paz para garantir um cessar-fogo.
Os incêndios ocorreram entre 8 e 12 de maio, atingindo a residência atual, uma antiga casa e um carro vinculados ao primeiro-ministro. Ninguém ficou ferido, e os três suspeitos permanecem detidos até uma audiência marcada para junho. A investigação, liderada pela divisão antiterrorismo, trata o caso como uma ameaça ao Estado. Starmer classificou os ataques como uma ofensa à democracia e aos valores britânicos.