O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está prestes a passar por mudanças em sua composição, com a presidente Carmen Lúcia propondo duas listas tríplices para preencher vagas destinadas à advocacia. Uma das listas será composta exclusivamente por mulheres, visando garantir maior representatividade feminina no tribunal, especialmente nas eleições de 2026. A iniciativa reflete a preocupação de Carmen Lúcia com a baixa presença de mulheres em cortes superiores, como o STF e o STJ, onde elas são minoria.
A escolha dos novos ministros segue um processo em duas etapas: o STF vota as listas tríplices, e o presidente da República faz a nomeação final. Tradicionalmente, os titulares são reconduzidos, mas a proposta de Carmen Lúcia enfrenta resistência entre alguns ministros do STF, que defendem a permanência dos atuais ocupantes das vagas. A discussão ocorre em meio ao fim dos mandatos de dois ministros representantes da advocacia, que podem ser reconduzidos.
Carmen Lúcia tem destacado a importância da participação feminina em tribunais, argumentando que as mulheres são maioria na população e no eleitorado brasileiro. Atualmente, além dela, apenas uma outra ministra integra o TSE titularmente, enquanto outras duas atuam como substitutas. A proposta busca não apenas equilibrar a representação de gênero, mas também reforçar a legitimidade da democracia brasileira.