O governo dos Estados Unidos anunciou a proibição de estudantes estrangeiros na Universidade de Harvard, cancelando a certificação do programa de intercâmbio da instituição. A medida afeta 6,8 mil alunos internacionais, que representam 27% do corpo discente. Os estudantes já matriculados terão que se transferir ou deixar o país, enquanto a universidade nega as acusações e promove ações judiciais para reverter a decisão.
O Departamento de Segurança Interna alega que Harvard falhou em conter supostos atos de assédio e agressões contra estudantes judeus durante protestos pró-Palestina em 2024, além de acusar a instituição de abrigar integrantes de um grupo paramilitar ligado ao Partido Comunista Chinês. Harvard admite falhas no combate ao antissemitismo, mas rejeita as demais acusações e resiste às exigências do governo, incluindo o fim de programas de diversidade. Como consequência, a universidade já perdeu US$ 4 bilhões em verbas federais.
Em comunicado, Harvard afirmou seu compromisso em manter a presença de estudantes e acadêmicos internacionais, que considera essenciais para a instituição. Com o semestre terminando na próxima semana, alunos estrangeiros, incluindo brasileiros, aguardam ansiosos por uma decisão judicial que permita seu retorno em agosto. A universidade, uma das mais prestigiadas do mundo, já entrou com ações contra o governo anteriormente, acusando-o de interferência indevida em suas políticas acadêmicas.