O presidente dos Estados Unidos anunciou a demissão da diretora da National Portrait Gallery em Washington, DC, sem citar motivos específicos para a decisão. Em publicação nas redes sociais, ele descreveu a profissional como “altamente partidária” e crítica às iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), considerando-a inadequada para o cargo. A instituição, vinculada à Smithsonian, não se pronunciou imediatamente sobre a legalidade da medida, já que opera com independência do governo federal, apesar de receber verba pública.
A ex-diretora, historiadora de arte e primeira mulher a comandar o museu, era conhecida por promover discussões sobre representatividade na coleção, que inclui retratos de todos os presidentes norte-americanos. Em entrevista anterior, ela havia questionado a ausência de retratos de mulheres e afro-americanos, destacando a necessidade de revisão histórica. A demissão ocorre em um contexto de tensão entre o governo e instituições culturais, com mudanças recentes em cargos de gestão artística na capital.
Analistas veem a ação como parte de um movimento mais amplo contra políticas de inclusão, que o governo classifica como discriminatórias. Defensores das iniciativas de DEI alertam que tais medidas podem reverter avanços na representação de grupos marginalizados. A nomeação de um novo diretor para a galeria deve ser anunciada em breve, enquanto o debate sobre o papel da arte na reflexão social permanece acalorado.