O presidente dos EUA anunciou a possibilidade de elevar as tarifas sobre produtos da União Europeia para 50% a partir de 1º de junho, além de impor uma taxa de 25% em iPhones fabricados fora do país. Em publicações nas redes sociais, ele criticou o CEO da Apple e diplomatas europeus, afirmando que as negociações comerciais não estão avançando. Trump também sugeriu que a sul-coreana Samsung poderia ser incluída nas medidas, a menos que ambas as empresas passassem a produzir nos EUA. As declarações causaram queda nos mercados americanos, com índices como o S&P 500 e o Nasdaq registrando perdas.
Autoridades europeias evitaram comentar as ameaças diretamente, mas ministros da Alemanha e da Suécia expressaram preocupação, classificando as medidas como prejudiciais para ambas as economias. A UE destacou que já enfrenta desafios nas negociações devido a demandas unilaterais dos EUA, sem contrapartidas claras. Enquanto isso, o bloco busca alternativas, como um possível acordo de livre comércio com a Índia, para reduzir dependência do mercado americano.
A Apple, que prometeu investir US$ 500 bilhões nos EUA nos próximos anos, não sinalizou mudanças em sua cadeia de produção global. Especialistas alertam que fabricar iPhones nos EUA poderia mais que dobrar seu preço final. A situação reforça os riscos de uma escalada na guerra comercial, com a UE tendo capacidade de retaliar, inclusive contra serviços de gigantes tecnológicas americanas.