Rússia e Ucrânia realizaram uma série de trocas de prisioneiros de guerra, libertando 307 pessoas de cada lado no sábado (24), após uma primeira etapa com 390 libertações na sexta-feira (23). O objetivo é alcançar mil prisioneiros libertados nos próximos dias, marcando o único resultado concreto das recentes negociações em Istambul, o primeiro diálogo direto entre os países em três anos. Entre os libertados, soldados ucranianos como Konstantin Steblev, capturado no início da invasão russa em 2022, reencontraram familiares após anos de cativeiro, em cenas emocionantes registradas em hospitais da região de Chernihiv.
Os prisioneiros libertados chegaram magros, cansados e desorientados, passando por exames médicos antes de se reunir com suas famílias. Muitos, como Oleksandr, estavam há 22 meses sem ver seus entes queridos e expressaram alívio e felicidade pelo reencontro. Enquanto alguns celebraram, outros parentes deixaram o local sem notícias de seus familiares, destacando a incerteza que ainda persiste para centenas de famílias. Relatos anteriores de ex-prisioneiros mencionam condições duras e torturas em cativeiros russos, mas os libertados nesta troca focaram no alívio de retornar à liberdade.
Apesar do avanço nas trocas, a tensão entre os países segue alta, com a Rússia atacando a capital ucraniana horas após a libertação dos prisioneiros, deixando ao menos 15 feridos. Enquanto isso, famílias como a de Elia, que reencontrou o marido após três anos, tentam reconstruir suas vidas. Ela descreveu a emoção indescritível do momento, mas reconhece que a recuperação física e emocional dos ex-prisioneiros será longa. O processo de trocas continua, com esperança de mais libertações nos próximos dias.