O Tribunal Superior do Trabalho (TST) afirmou, em publicação nas redes sociais, que pais de bebês reborn — bonecos realistas — não têm direito a benefícios trabalhistas ligados à parentalidade, como licença-maternidade, licença-paternidade ou salário-maternidade. Segundo o tribunal, esses direitos são exclusivos para pais de filhos biológicos ou adotados legalmente. A decisão reforça a distinção entre crianças reais e bonecos, mesmo que estes sejam tratados como filhos por alguns adultos.
O tema ganhou destaque após vídeos de mães que cuidam de bebês reborn como se fossem reais viralizarem nas redes sociais, gerando debates e críticas. Em resposta, deputados apresentaram três projetos de lei na última quinta-feira (15.mai) para restringir o uso desses bonecos em situações destinadas a crianças, como atendimentos médicos simulados e ocupação de assentos preferenciais. As propostas também sugerem acompanhamento psicossocial para quem desenvolve vínculos afetivos com os objetos.
Entre os projetos, destacam-se a proibição de simulações de atendimento clínico (PL 2.326/2025), sanções administrativas para quem usar os bonecos para obter benefícios (PL 2.320/2025) e a oferta de acolhimento psicológico (PL 2.323/2025). O debate reflete a crescente discussão sobre os limites entre realidade e fantasia no tratamento de objetos hiper-realistas, enquanto o TST e o Legislativo buscam definir parâmetros legais para a questão.