O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu pelo afastamento do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em uma decisão considerada mais sólida por especialistas em comparação com a anterior, de 2023. Desta vez, o interventor escolhido foi Fernando Sarney, vice-presidente mais antigo da entidade, o que pode facilitar a aceitação internacional da medida, já que respeita os critérios internos da CBF e evita alegações de interferência externa. A decisão se baseou em um laudo técnico que apontou fraude na assinatura de um documento que mantinha o presidente no cargo.
A CBF recorreu da decisão, alegando ilegalidade na nomeação de Sarney e pedindo a manutenção da liminar anterior do ministro do STF Gilmar Mendes. Paralelamente, o interventor convocou novas eleições para escolher uma diretoria para o quadriênio 2025-2029. Especialistas avaliam que, se mantido o afastamento, o caso pode levar a sanções mais graves, incluindo um possível banimento do futebol, conforme as regras da própria entidade ou de instâncias superiores.
O STF já sinalizou que a medida cautelar que suspendia a decisão anterior está esgotada, dando efeito imediato à ordem de novas eleições. A CBF ainda pode tentar outros recursos, como embargos de declaração ou apelações ao STJ e STF, mas a decisão do TJ-RJ é vista como um passo significativo na resolução do caso, com maior embasamento técnico e menor risco de conflito com entidades internacionais como a FIFA e a CONMEBOL.