O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu pelo afastamento do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em uma medida considerada mais sólida por especialistas em comparação com a primeira tentativa, em 2023. Desta vez, o desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro determinou que o vice-presidente mais antigo da entidade, Fernando Sarney, assumisse como interventor, respeitando os critérios internos da CBF e minimizando riscos de interferência externa. A decisão foi baseada em um laudo técnico que apontou irregularidades em uma assinatura vinculada ao acordo que mantinha o presidente no cargo.
A CBF recorreu da decisão, alegando ilegalidade na nomeação de Sarney, e pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que mantivesse a gestão atual. Paralelamente, o interventor convocou novas eleições para escolher uma diretoria para o quadriênio 2025-2029, seguindo o entendimento de que a medida cautelar anterior estava esgotada. Especialistas avaliam que a condução atual tende a ser mais aceita internacionalmente, pois evita conflitos com a Fifa e a Conmebol ao respeitar a autonomia da entidade.
O caso ainda pode seguir para instâncias superiores, como o STJ ou o STF, dependendo dos recursos apresentados. Enquanto isso, a decisão do TJ-RJ abre caminho para uma transição que, se mantida, pode levar a sanções mais severas contra o presidente afastado, incluindo um possível banimento do futebol. O processo eleitoral deve ser detalhado em breve, marcando um novo capítulo na gestão da CBF.