O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu afastar o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após declarar nulo um acordo que validava sua eleição em 2022. A decisão foi tomada com base em indícios de irregularidades, incluindo a possível falsificação da assinatura de um dos signatários do documento, cuja capacidade mental estava em dúvida devido a problemas de saúde. Como medida imediata, foi nomeado um interventor para convocar novas eleições o mais rápido possível.
O caso ganhou repercussão após uma deputada federal apresentar uma perícia ao Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a autenticidade do acordo. Embora o ministro Gilmar Mendes tenha negado inicialmente o afastamento, determinou uma apuração urgente, que resultou na decisão do desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro. O presidente afastado garantiu a legitimidade da assinatura, mas não há recurso contra a decisão, cabendo agora ao STJ ou STF reavaliar o caso.
Esta é a segunda vez que o dirigente é removido do cargo. Em dezembro de 2023, ele já havia sido afastado por similaridades processuais, mas retornou após uma decisão monocrática do STF. O interventor, Fernando Sarney, assumiu o cargo e afirmou que seguirá com os planos da CBF, incluindo a contratação do novo técnico da seleção brasileira. Enquanto isso, o processo judicial continua em aberto, com possibilidade de revisão pelos tribunais superiores.