Estima-se que cerca de 400 pessoas recebam o diagnóstico de falência intestinal no Brasil, sendo que aproximadamente 40 necessitam de transplante. O procedimento, recém-incorporado ao SUS em fevereiro, representa um avanço significativo para pacientes que dependem de nutrição parenteral para sobreviver. Especialistas destacam que o transplante é a última opção para casos graves, mas sua regulamentação até agosto deve viabilizar o acesso a um tratamento complexo e caro, antes restrito a ações judiciais ou realização no exterior.
Pacientes como Marília, que aguardam por um transplante multivisceral de intestino e fígado, agora têm esperança de tratamento no país. Históricos como o de Lucas, que participou de um projeto piloto no Hospital das Clínicas de São Paulo, mostram a eficácia do procedimento, apesar dos desafios pós-operatórios. Crianças com síndrome do intestino curto também podem se beneficiar, embora a maioria consiga se adaptar com tratamento clínico adequado.
A inclusão do transplante no SUS é resultado de 13 anos de esforços, com estudos piloto que comprovaram sua viabilidade. Para médicos e pacientes, a medida marca um momento histórico, oferecendo uma chance de vida a quem depende de intervenções extremas. A expectativa é que, com a regulamentação, mais vidas sejam salvas e a qualidade de tratamento para doenças intestinais no país melhore significativamente.