O trânsito de Ribeirão Preto (SP) é o quarto mais letal do estado de São Paulo, com uma taxa de quase 16 mortes para cada 100 mil habitantes, segundo dados do Detran divulgados em 30 de abril de 2025. Nos três primeiros meses do ano, foram registradas 28 mortes, um aumento de 40% em relação ao mesmo período de 2024. Homens representaram 68% das vítimas, enquanto mulheres corresponderam a 32%. Fevereiro foi o mês mais crítico, com 11 óbitos, seguido por março (10) e janeiro (7).
Motociclistas foram as principais vítimas, respondendo por 47% dos casos, seguidos por ciclistas (21%), pedestres (18%) e motoristas (14%). Especialistas atribuem o problema à falta de fiscalização, destacando que apenas infrações como excesso de velocidade e uso de celular ao volante são regularmente coibidas. A ausência de agentes para reprimir condutas perigosas, como motociclistas que “costuram” no trânsito, agrava a situação.
A RP Mobi, responsável pela gestão do trânsito na cidade, afirmou que tem intensificado ações de educação, engenharia e fiscalização, mas reconheceu que muitos acidentes ocorreram em locais com sinalização adequada, indicando imprudência dos envolvidos. Autoridades foram criticadas por negligência, já que o crescimento no número de mortes sugere falta de priorização da segurança viária.