A decisão de Marcos Galperin de deixar o cargo de CEO do Mercado Livre em 2026, assumindo a presidência executiva do conselho, surpreendeu o mercado, mas foi recebida com confiança por analistas e investidores. Ariel Szarfsztejn, atual vice-presidente de Comércio, foi indicado como sucessor, trazendo consigo uma trajetória de oito anos na empresa e passagem por áreas estratégicas como logística e comércio. Apesar da mudança, a avaliação predominante é de que a estrutura da companhia permanece sólida, com Galperin ainda envolvido em decisões estratégicas e uma transição planejada para garantir continuidade nas operações.
Grandes bancos como XP Investimentos, Morgan Stanley e Bradesco BBI destacam que a escolha de um nome interno reforça a estabilidade da empresa, mesmo em um momento de renovação. Szarfsztejn é visto como um líder capacitado, com histórico de entregas relevantes, como o crescimento médio anual de 22% no volume de mercadorias sob sua gestão. Além disso, o longo período de transição até 2026 e a permanência de Galperin no conselho são apontados como fatores positivos que devem mitigar preocupações iniciais do mercado.
A confiança no Mercado Livre reflete a maturidade da organização, que já passou por outras mudanças de liderança sem impactos negativos em sua operação. Analistas ressaltam que a empresa não depende de uma única figura, mas de processos robustos e uma equipe alinhada com a estratégia de longo prazo. Com recomendações de compra e preços-alvo elevados, a expectativa é que a transição ocorra de forma suave, mantendo o ritmo de crescimento que consolidou a companhia como líder no setor de e-commerce na América Latina.