O processo de desativação dos Centros Humanitários de Acolhimento (CHA), criados para abrigar vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul em 2023, está em fase final. Três estruturas foram mobilizadas inicialmente, sendo que uma já foi desativada no ano passado, outra será fechada no sábado (24) e a última, no fim de maio. Atualmente, os abrigos restantes abrigam menos de 150 pessoas, uma redução significativa em relação ao pico da crise, quando centenas foram atendidas.
As famílias estão sendo transferidas para moradias temporárias, construídas em aço e concreto, com investimento de R$ 83,3 milhões do governo gaúcho. Esses módulos habitacionais transportáveis oferecem maior privacidade e dignidade, conforme destacado pelo Secretário Estadual de Habitação. Entre os beneficiados está uma dona de casa de 56 anos, que relatou emoção ao receber um lar provisório após meses no abrigo.
Apesar dos avanços, a mudança para moradias definitivas ainda não tem previsão. Enquanto isso, as famílias celebram pequenas conquistas, como a formação de um condomínio em Canoas, onde compartilham histórias de superação. Um morador, que sobreviveu à enchente com água pelo pescoço, expressou esperança: “Aos poucos, vamos nos arrumando. Agora é só alegria.” A transição simboliza um passo crucial na reconstrução pós-desastre.