Uma mulher transgênero brasileira foi detida ao solicitar asilo nos Estados Unidos após cruzar a fronteira com o México. Em depoimento à Justiça norte-americana, ela relatou ter sido alojada em celas masculinas, sofrendo assédio e falta de privacidade, além de ter sido transferida para a prisão de Guantánamo, onde permaneceu com homens, apesar de seus protestos. As autoridades ignoraram seus pedidos de proteção e contato com familiares e advogados.
A brasileira descreveu condições degradantes, incluindo revistas constrangedoras por agentes masculinos, alimentação insuficiente e ausência de portas em banheiros. Após passagens por centros de detenção no Novo México e em Guantánamo, ela foi levada para Miami e, posteriormente, para uma cela isolada na Louisiana, onde aguarda decisão sobre seu caso. Ela expressou medo de retornar ao Brasil, afirmando temer por sua vida.
O caso levanta questões sobre o tratamento dado a imigrantes transgênero em centros de detenção dos EUA, especialmente sob políticas de imigração restritivas. A situação também destaca a falta de protocolos adequados para proteger indivíduos vulneráveis, mesmo quando buscam asilo por motivos de segurança. O governo norte-americano ainda não se pronunciou sobre as alegações.