Uma brasileira transgênero foi detida por autoridades de imigração dos Estados Unidos ao tentar entrar no país para solicitar asilo, alegando perseguição por sua identidade de gênero. Após cruzar a fronteira do México em fevereiro, ela foi inicialmente levada para um centro de detenção no Novo México e, sem explicações, transferida para a prisão de Guantánamo, em Cuba, onde ficou em uma ala masculina e relatou ter sofrido assédio. Em depoimento, a mulher afirmou que se sentiu desamparada e insegura durante o período de encarceramento.
Durante sua detenção, ela passou por várias transferências, incluindo um período em solitária na Louisiana, antes de ser deportada para o Brasil em abril. O caso chamou atenção pelas condições enfrentadas por pessoas trans em centros de detenção, especialmente em instalações que não consideram suas identidades de gênero. A situação também levantou questões sobre o tratamento dado a solicitantes de asilo nos EUA.
O relato foi divulgado por meio de um portal de notícias, com base em um depoimento traduzido do português para o inglês. A reportagem destacou a falta de transparência no processo de transferência e as dificuldades enfrentadas por indivíduos em situação similar. A história ilustra os desafios enfrentados por migrantes LGBTQ+ em busca de refúgio em outros países.