Nana Caymmi, uma das vozes mais emblemáticas da música brasileira, faleceu aos 84 anos nesta quinta-feira (01). Nascida em 1941 no Rio de Janeiro, ela era filha do lendário compositor Dorival Caymmi e cresceu imersa em um ambiente musical, inspirando até mesmo uma de suas primeiras composições, “Acalanto”. Ao longo de seis décadas de carreira, Nana se consagrou como intérprete de gêneros como bolero, samba, bossa nova e MPB, deixando um legado marcante em álbuns como “Caymmi visita Tom” (1964) e “A noite do meu bem” (1994).
Sua voz única, capaz de transmitir profundidade emocional sem exageros teatrais, conquistou críticos e fãs. Embora não tenha alcançado a mesma popularidade de outras divas da MPB, como Elis Regina ou Gal Costa, Nana foi reconhecida como uma das maiores intérpretes do país. Sua versatilidade a levou a trabalhar com nomes como Cesar Camargo Mariano e Aldir Blanc, além de marcar presença na televisão, como apresentadora do programa “A Canção de Nana” na TV Tupi.
Além da música, Nana teve uma vida pessoal intensa, com passagens pela Venezuela e relacionamentos com artistas como Gilberto Gil. Deixando três filhos e duas netas, sua morte foi lamentada por familiares e admiradores, incluindo seu irmão Danilo Caymmi, que a definiu como “uma das maiores intérpretes que o Brasil já viu”. Seu último trabalho, “Nana, Tom, Vinicius” (2020), reforça seu lugar na história da cultura brasileira.