Uma família foi vítima de um crime premeditado após consumir um ovo de Páscoa envenenado, enviado anonimamente em Imperatriz, Maranhão. Duas crianças, de 7 e 13 anos, morreram intoxicadas, enquanto a mãe sobreviveu. Investigações apontaram que o chocolate continha chumbinho, um veneno ilegal no Brasil, e que o ataque foi meticulosamente planejado, incluindo o uso de disfarces e a contratação de um mototaxista para a entrega.
As provas coletadas pela polícia indicam que o crime foi motivado por vingança, com a suspeita escolhendo o feriado de Páscoa para dificultar a ação das autoridades. Imagens de câmeras de segurança mostraram a compra do ovo e a entrega, enquanto materiais apreendidos, como perucas e granulados para disfarçar o veneno, reforçaram a tese de premeditação. O Ministério Público classificou o caso como de “motivo torpe”, o que pode resultar em pena de até 30 anos de prisão.
A defesa da principal suspeita nega a autoria do crime, afirmando que os fatos serão esclarecidos durante o processo judicial. O caso chocou a região e levantou discussões sobre a segurança no recebimento de encomendas não solicitadas, além da facilidade de acesso a substâncias ilegais. As investigações continuam em andamento.