A prática finlandesa de alternar saunas escaldantes com mergulhos em águas geladas ou rolar na neve está se popularizando globalmente, atraindo tanto entusiastas quanto a curiosidade da ciência. Estudos sugerem benefícios como melhora na circulação sanguínea, redução da pressão arterial e possíveis efeitos protetores contra doenças cardiovasculares e demência. No entanto, especialistas alertam que muitos desses estudos carecem de rigor metodológico, e casos raros de complicações cardíacas após choques térmicos destacam a necessidade de cautela, especialmente para pessoas com condições pré-existentes.
Além dos efeitos físicos, a sauna é reconhecida por seu impacto no bem-estar mental, promovendo relaxamento e até ajudando no enfrentamento de traumas emocionais. Pesquisas indicam que a combinação de calor extremo e resfriamento rápido pode elevar níveis de endorfinas e reduzir o estresse, criando uma sensação de euforia e tranquilidade. Para muitos finlandeses, a sauna é um ritual cultural profundamente enraizado, que vai além do hábito de saúde e se torna um espaço de conexão e transformação pessoal.
Embora a ciência ainda esteja explorando os mecanismos por trás desses benefícios, a tradição escandinava já conquistou adeptos em diversas partes do mundo. A chave, segundo especialistas, está no equilíbrio: respeitar os limites do corpo e evitar excessos, como mergulhos gelados após consumo de álcool. Enquanto a prática se espalha, ela continua a inspirar debates sobre como métodos ancestrais podem coexistir com a medicina moderna.