O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, um dos principais símbolos culturais do país, enfrenta uma crise devido ao fim dos contratos temporários de 120 funcionários em 30 de junho. Atualmente, apenas 217 dos 732 cargos efetivos estão ocupados, e a possível interrupção das atividades preocupa parlamentares e trabalhadores. O governo do estado estuda um concurso público para 110 vagas, mas a autorização depende da análise da Comissão de Acompanhamento do Regime de Recuperação Fiscal, o que gera incertezas sobre o futuro do teatro.
Durante audiência na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), debatedores destacaram a urgência de soluções para evitar a paralisação das atividades. A presidente da Fundação Theatro Municipal, Clara Paulino, afirmou que a saída dos temporários comprometeria a qualidade dos espetáculos, enquanto sindicalistas relataram a ansiedade dos trabalhadores. Parlamentares cobram a extensão dos contratos temporários como medida emergencial, além da aceleração do concurso público, que não ocorre desde 2013.
O impasse é agravado pelo Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que impõe restrições a novas contratações. Apesar disso, o governo afirma que o concurso já tem pareceres técnicos aprovados e que a programação cultural será mantida em 2025. Enquanto isso, artistas e técnicos acompanham as negociações com apreensão, temendo o impacto no patrimônio cultural e na continuidade dos espetáculos.