Uma testemunha relacionada ao caso da professora Larissa Rodrigues, que morreu após suposto envenenamento em Ribeirão Preto (SP), deve prestar novo depoimento à Polícia Civil nesta quarta-feira (14). O Ministério Público busca esclarecer se a permanência de um médico no apartamento da mulher na noite anterior ao crime foi usada como álibi nas investigações. A testemunha já havia confirmado anteriormente que passou a noite com o investigado após irem ao cinema, mas as autoridades querem averiguar se essa informação foi estratégica para afastar suspeitas.
As investigações apontam que a vítima teria descoberto uma relação extraconjugal e manifestado intenção de se separar antes do ocorrido. Um laudo toxicológico identificou a presença de substância tóxica no organismo dela, e há indícios de que o envenenamento foi gradual. A sogra da professora é apontada como a última pessoa a vê-la com vida, enquanto o médico e sua mãe seguem presos temporariamente, com pedidos de liberdade negados pela Justiça.
O promotor Marcus Túlio Nicolino destacou a importância do novo depoimento para entender se a noite passada na casa da testemunha era uma rotina ou um evento planejado para sustentar uma coartada. O caso continua em fase de inquérito, com a possibilidade de prorrogação das prisões temporárias. As autoridades seguem concentradas em desvendar os motivos e as circunstâncias que levaram à morte da professora.