O secretário de Defesa dos Estados Unidos alertou durante o Shangri-La Dialogue, em Singapura, que a China está se preparando para o uso potencial de força militar na região do Indo-Pacífico. As declarações destacaram preocupações com disputas no Mar da China Meridional e a questão de Taiwan, além de acusações de militarização e desequilíbrio de poder. Em resposta, a China criticou os EUA, acusando-os de incitar divisões e desestabilizar a região com alegações infundadas.
O evento, que reúne líderes de defesa e segurança da Ásia, também serviu para reforçar os apelos dos EUA aos aliados regionais para que aumentem seus gastos militares. O secretário citou como exemplo a Europa, onde países como a Alemanha ampliaram seus orçamentos de defesa após pressões anteriores. A chefe da diplomacia da União Europeia, presente no fórum, classificou essas demandas como “amor rígido”, mas reconheceu a importância da cooperação.
A China optou por não enviar um representante de alto nível ao diálogo este ano, deixando a réplica a cargo de um contra-almirante, que rejeitou as acusações americanas. Enquanto isso, os EUA continuam a fortalecer parcerias com nações como Japão, Filipinas e Índia, visando conter a influência chinesa na região. O clima de tensão persiste, com ambos os lados trocando acusações e mantendo posturas firmes em meio a disputas comerciais, tecnológicas e geopolíticas.