O presidente dos Estados Unidos ameaçou impor sanções a qualquer país ou pessoa que compre petróleo ou produtos petroquímicos do Irã, afirmando que os compradores seriam impedidos de negociar com os EUA. A declaração, feita em redes sociais, surge em um momento de relações já tensas com a China, principal importadora do petróleo iraniano, que absorveu quase 90% das exportações em 2023. A medida pode agravar os conflitos comerciais entre as duas potências, especialmente após a imposição recente de tarifas adicionais pelo governo norte-americano.
As negociações sobre o programa nuclear iraniano, previstas para ocorrer no fim de semana, foram adiadas por questões logísticas, conforme anunciado pelo ministro das Relações Exteriores de Omã, mediador do diálogo. O Irã reiterou seu compromisso em buscar um acordo justo e duradouro, enquanto autoridades dos EUA pressionam por limites ao enriquecimento de urânio. O adiamento das conversas aumenta a incerteza sobre o futuro das relações entre os dois países.
O acordo nuclear de 2015, que restringia as atividades iranianas em troca do alívio de sanções, foi abandonado unilateralmente pelos EUA em 2018, levando o Irã a intensificar seu programa. Desde então, as tensões permanecem altas, com ameaças de ações militares e o risco de escalada no conflito. A recente declaração sobre sanções reforça os desafios diplomáticos em um cenário já complexo.