O presidente dos Estados Unidos tem pressionado publicamente o Federal Reserve (Fed) para reduzir a taxa básica de juros, atualmente entre 4,25% e 4,5%. A justificativa inclui a necessidade de aliviar o custo da dívida pública, que terá US$ 9 trilhões em títulos vencendo em 2025, além de estimular a economia diante de sinais de desaceleração, como a retração do PIB no primeiro trimestre de 2025. Embora critique a política monetária atual, o líder afirmou não ter planos de substituir o presidente do Fed antes do fim do mandato em 2026.
A defesa por juros mais baixos também está ligada às tarifas comerciais impostas pelo governo, que especialistas consideram inflacionárias. A redução das taxas, segundo a administração, ajudaria a mitigar o impacto dessas medidas nos preços internos. Em discursos recentes, o presidente associou a política monetária restritiva ao freio no crescimento, argumentando que cortes nos juros poderiam impulsionar consumo e investimentos privados.
Apesar das cobranças, o Fed mantém sua postura técnica, afirmando que decisões serão baseadas em dados econômicos, como inflação e mercado de trabalho. A instituição deixou a taxa estável desde janeiro, sem descartar futuros ajustes. Enquanto isso, o governo segue defendendo uma abordagem mais expansionista, embora evite falar em interferência direta, limitando-se a esperar “a decisão certa no tempo certo” por parte do banco central.