Um dia após o secretário de Estado dos EUA mencionar a possibilidade de sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o decano da Corte destacou a importância da autonomia jurisdicional do Brasil, afirmando que a interferência estrangeira fere os princípios democráticos. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) classificou a ameaça como violação à soberania nacional, enquanto juristas e políticos reagiram com críticas ou apoio à medida. O episódio ocorreu durante um depoimento no Congresso americano, onde um deputado acusou o STF de perseguir opositores, incluindo cidadãos em solo estadunidense.
Text: A Lei Magnitsky, citada como base para as possíveis sanções, permite aos EUA punir indivíduos acusados de corrupção ou violações de direitos humanos, incluindo bloqueio de bens e restrições de entrada no país. Enquanto alguns políticos celebraram a iniciativa, figuras governamentais brasileiras a repudiaram, classificando-a como uma ingerência inaceitável. O ministro alvo das ameaças, que já havia enfrentado críticas do Departamento de Estado em fevereiro, mantém silêncio sobre o caso, mas anteriormente defendeu publicamente a soberania nacional contra interferências externas.
Text: O debate reflete tensões diplomáticas mais amplas, com setores acusando o Judiciário brasileiro de excessos e outros enfatizando a necessidade de respeitar a autonomia das instituições nacionais. A situação também expõe divergências internas, como a posição de políticos autoexilados nos EUA que condicionam seu retorno ao Brasil a eventuais sanções. Enquanto isso, a OAB e parte do Congresso reforçam a defesa da independência do STF, alertando para os riscos de ações externas que desafiem a ordem democrática brasileira.