Um terreiro de candomblé em Salvador, tombado como patrimônio histórico e cultural, denunciou um ato de vandalismo em seu muro, atribuído a membros de uma torcida organizada. A Casa de Oxumarê, que completou mais de dois séculos de existência, classificou o incidente como intolerância religiosa e racismo, destacando que o espaço é protegido por lei. Em nota, o templo exigiu uma retratação pública e medidas educativas para conscientizar os responsáveis, reforçando a importância do respeito à diversidade religiosa.
A torcida organizada mencionada se manifestou, repudiando o ocorrido e prometendo apurar o caso com rigor. Em comunicado, o grupo afirmou que não compactua com qualquer forma de intolerância e reafirmou seu compromisso com o respeito a todas as religiões. A instituição também se colocou à disposição para diálogo, buscando uma solução pacífica e transparente para o incidente.
O episódio reacendeu o debate sobre a proteção de espaços sagrados afro-brasileiros e a necessidade de combater a violência simbólica contra tradições religiosas de matriz africana. A Casa de Oxumarê destacou que atos como esse perpetuam preconceitos e reforçam estruturas de discriminação, clamando por uma reflexão coletiva sobre valores éticos e convivência harmoniosa na sociedade.