O presidente dos Estados Unidos ameaçou impor tarifas de 25% sobre produtos da Apple e outros fabricantes de smartphones caso não transfiram a produção para o país. A medida, parte de uma política protecionista, visa estimular a indústria nacional, mas especialistas alertam para os desafios logísticos e financeiros envolvidos. Atualmente, a fabricação dos iPhones está concentrada na China, e analistas destacam que uma mudança para os EUA levaria anos e aumentaria significativamente os custos.
Segundo analistas, produzir iPhones nos EUA poderia triplicar o preço do aparelho. Um modelo vendido por US$ 1.000 na China custaria mais de US$ 3.000 se fabricado em solo americano, devido a fatores como mão de obra mais cara e a complexidade da cadeia produtiva. Relatórios do Bank of America e da Wedbush Securities indicam que mesmo um aumento parcial na produção local exigiria investimentos bilionários e pelo menos três anos para ser implementado, com riscos de interrupções significativas.
A Apple estabeleceu sua rede de produção na China na década de 1990, e realocá-la seria um processo difícil e dispendioso. Especialistas ressaltam que os EUA ainda dependem da importação de componentes chineses, o que limita os benefícios imediatos de uma mudança. Enquanto isso, a empresa já explora alternativas, como a fabricação na Índia, para reduzir a exposição a tarifas e diversificar sua base produtiva.