A cidade de Iracemápolis, no interior de São Paulo, enfrentará um reajuste de 37% nas tarifas de água e esgoto a partir de julho, o maior da região neste ano. O valor mínimo para residências com consumo de até 10 metros cúbicos subirá de R$ 33 para R$ 45, enquanto comércios e empresas terão aumentos para R$ 57 e R$ 64, respectivamente. O Departamento de Água e Esgoto (DAE) justifica o ajuste como necessário para cobrir investimentos em estações de tratamento, mas moradores relatam problemas como falta d’água e coloração amarelada.
Apesar de possuir três estações de tratamento, apenas uma está em funcionamento. Uma segunda parou após um mês de operação devido a problemas na obra, investigados pelo Ministério Público, e a terceira aguarda conclusão. O DAE afirma que, quando finalizada, a capacidade de tratamento aumentará em 50%. Enquanto isso, residentes reclamam de baixa pressão e água imprópria para consumo, obrigando muitos a comprar galões.
O DAE atribui a cor amarelada à tubulação antiga de ferro, garantindo que a água é segura, e promete reparos nas bombas que afetam o abastecimento. A agência reguladora Ares-PCJ autorizou o reajuste após análise técnica, mas a situação expõe a frustração dos moradores, que pagarão mais por um serviço considerado deficiente.