O estado de São Paulo já registrou 44 casos de febre de oropouche em 2025, segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE). Os casos concentram-se nas regiões de Registro e litoral Norte, com uma morte sob investigação. Em comparação, em 2024, houve apenas oito casos, todos no Vale do Ribeira, sem óbitos. A doença, causada por um arbovírus transmitido principalmente pelo mosquito Culicoides paraensis, apresenta sintomas similares aos da dengue, como dores de cabeça, musculares e náuseas. Em nível nacional, os casos confirmados em 2024 chegaram a 13.782, com mais de 2.790 registros em 2025.
Além da oropouche, a dengue também avança na capital paulista, com 46.774 casos e 14 mortes neste ano. A prefeitura tem intensificado ações de combate, incluindo visitas domiciliares, bloqueio de criadouros e nebulizações, totalizando mais de 5,6 milhões de medidas em 2025. Operações recentes, realizadas durante fins de semana e feriados, visitaram mais de 93 mil imóveis e aplicaram nebulizações em mais de 6.200 quarteirões, com foco nas áreas de maior incidência.
A febre de oropouche, identificada no Brasil em 1960, possui ciclos de transmissão silvestre e urbano, envolvendo desde animais como bichos-preguiça até humanos. No ambiente urbano, o mosquito Culex quinquefasciatus também pode transmitir o vírus. Com sintomas graves e potencial para surtos, a doença, assim como a dengue, demanda monitoramento constante e ações preventivas para conter sua disseminação.