O governo do Rio Grande do Sul já vistoriou 300 propriedades rurais e uma granja de aves dentro de um raio de dez quilômetros do foco de gripe aviária em Montenegro. O trabalho, realizado por nove equipes do Serviço Veterinário Oficial, abrange 55% das 540 propriedades que precisam ser inspecionadas. Cinco barreiras sanitárias estão em operação 24 horas, e outras duas serão implementadas para desinfecção. O surto, confirmado em um criatório comercial de aves para produção de ovos, é o primeiro do tipo no Brasil.
A influenza H5N1, que afeta principalmente aves mas também pode contaminar mamíferos, levou países como China, Coreia do Sul e membros da União Europeia a suspenderem as importações de carne de frango brasileira. O Ministério da Agricultura negocia a retomada das exportações, afirmando que o fluxo pode se normalizar em menos de 60 dias caso o foco seja controlado. Ovos férteis da granja infectada foram rastreados até Minas Gerais e Paraná, com o descarte de 450 toneladas no estado mineiro.
O vírus também atingiu o Zoológico de Sapucaia do Sul, onde 38 cisnes e patos morreram. O local, fechado desde a detecção dos casos, abriga mais de mil animais e permanecerá sem visitação por tempo indeterminado. Sapucaia do Sul fica a 50 quilômetros de Montenegro, reforçando a necessidade de medidas rigorosas para conter a disseminação da doença.