O Rio Grande do Sul iniciou a instalação de sete barreiras de desinfecção em estradas de Montenegro após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária H5N1 em uma granja comercial. Todas as 17 mil aves do local morreram, e o Ministério da Agricultura declarou emergência zoossanitária na região. As barreiras visam conter a disseminação do vírus, desinfetando veículos de alto risco, como caminhões que transportam animais ou ração. O plano inclui também a inspeção de 540 propriedades rurais em um raio de 10 km, independentemente do tipo de criação.
A origem do surto ainda está sob investigação, mas a hipótese mais provável é a contaminação por aves migratórias, algo já previsto pelas autoridades. O vírus encontrado será comparado geneticamente ao caso registrado no zoológico de Sapucaia do Sul para verificar possíveis ligações. Enquanto isso, a zona urbana de Montenegro não será diretamente afetada, mas o impacto econômico já é significativo, com a suspensão das exportações de carne de frango para países como China e União Europeia.
O prefeito de Montenegro destacou a importância do setor avícola para a economia local e pediu agilidade nas medidas de higienização para retomar as exportações. A suspensão segue protocolos internacionais, mas preocupa produtores e indústrias, que agora aguardam a liberação das atividades. As barreiras sanitárias permanecerão por pelo menos sete dias, podendo ser estendidas conforme a evolução do monitoramento.