O Rio Grande do Sul instalou sete barreiras sanitárias para conter um foco de gripe aviária H5N1 em uma granja comercial em Montenegro, na região metropolitana de Porto Alegre. Cinco barreiras já estão em operação, e as demais começam a funcionar nesta segunda-feira (19). O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou emergência zoossanitária no município, enquanto equipes vistoriam propriedades rurais próximas. Até agora, 238 das 510 propriedades na área de vigilância foram inspecionadas, com uma suspeita identificada em uma criação de subsistência, sem impacto no comércio exterior. Todas as aves e ovos da granja afetada foram descartados, e a limpeza do local está em andamento.
As barreiras sanitárias exigem a desinfecção de veículos que transitam pela região, como caminhões de transporte de animais e ração, para evitar a disseminação do vírus. O plano de contingência estabelece dois raios de ação: 3 km e 10 km ao redor do foco. As barreiras funcionarão por no mínimo sete dias, com possibilidade de prorrogação. Paralelamente, 540 propriedades dentro do raio de 10 km serão inspecionadas, incluindo aquelas sem criação de aves, para garantir a contenção do vírus.
O surto já teve repercussões internacionais, com China, Argentina e União Europeia suspendendo temporariamente as importações de frango brasileiro. A granja afetada, vinculada a uma empresa de alimentos, teve 17 mil aves mortas ou sacrificadas. Autoridades reforçam que o vírus não é transmitido pelo consumo de carne, mas medidas rigorosas seguem em vigor para evitar novos casos.