Um surto de gripe aviária em uma granja no Rio Grande do Sul levou vários países a suspenderem as importações de frango brasileiro, impactando mercados como China, União Europeia e nações latino-americanas. O Ministério da Agricultura decretou emergência sanitária após a detecção do vírus em aves comerciais, interrompendo as exportações por 60 dias para conter novos focos da doença. A medida afeta não apenas o estado gaúcho, mas também outras regiões do país, gerando preocupações econômicas devido à importância do Brasil como maior exportador global de carne de frango.
O Brasil enfrenta perdas significativas, já que no ano passado o setor gerou US$ 9,9 bilhões em receita com as exportações para 151 países. Enquanto China e UE foram os primeiros a bloquear as importações, outros mercados, como Japão e Arábia Saudita, adotaram restrições regionalizadas, limitando-as a áreas próximas ao foco da doença. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) apoia essa abordagem, permitindo que o restante do país continue exportando normalmente.
As autoridades brasileiras garantem que a carne de frango e os ovos permanecem seguros para consumo, desde que bem cozidos, já que a gripe aviária não é transmitida por alimentos. O governo monitora o surto e negocia com parceiros comerciais para minimizar os impactos, enquanto reforça medidas preventivas. A situação representa um desafio para a indústria avícola nacional, que depende de acordos internacionais para manter sua posição no mercado global.