A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) está monitorando o primeiro caso confirmado de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em aves comerciais no Rio Grande do Sul. O vírus, que antes se limitava a aves silvestres e criações caseiras, agora representa uma nova fase de preocupação. Desde 2022, mais de 4,7 mil surtos foram registrados na América Latina e no Caribe, afetando desde aves migratórias até mamíferos marinhos, seguindo rotas naturais de migração.
A FAO destacou que, apesar do risco atual para humanos ser considerado baixo, a propagação do vírus exige reforço na vigilância e biossegurança, especialmente para pequenos e médios produtores. A entidade também ressaltou que o consumo de frango e ovos permanece seguro, desde que bem cozidos. No entanto, a situação demanda uma abordagem integrada que considere as interações entre animais, humanos e meio ambiente para mitigar impactos na saúde pública e nos sistemas alimentares.
Países como Argentina, Colômbia e México também registraram casos recentes de IAAP, reforçando a necessidade de coordenação regional para conter a disseminação do vírus. A FAO enfatizou que apenas ações conjuntas e contínuas podem proteger a saúde animal, garantir a segurança alimentar e fortalecer a resiliência dos sistemas agroalimentares na região.