O primeiro caso de gripe aviária H5N1 em uma granja comercial no Brasil foi confirmado em Montenegro, no Rio Grande do Sul, levando à morte de 17 mil aves. O Ministério da Agricultura declarou emergência zoossanitária no município, e sete barreiras de desinfecção começaram a ser instaladas em estradas estratégicas para conter a disseminação do vírus. Veículos de alto risco, como caminhões que transportam animais ou ração, serão obrigados a passar por limpeza com produtos específicos. As barreiras devem permanecer por pelo menos sete dias, podendo ser estendidas conforme a evolução do monitoramento.
Um raio de 10 km ao redor da granja afetada foi estabelecido como zona de ação, com inspeções em 540 propriedades rurais, incluindo aquelas sem criação de aves. A origem do vírus ainda está sob investigação, mas a hipótese mais provável é a contaminação por aves migratórias. O sequenciamento genético do vírus será comparado ao de casos anteriores, como o do zoológico de Sapucaia do Sul, para identificar possíveis ligações.
A descoberta do foco impactou a economia local, com a suspensão temporária das exportações de carne de frango para países como China, Argentina e União Europeia. Montenegro, que abriga 520 granjas e duas indústrias de processamento, aguarda medidas ágeis do governo para retomar as atividades. A suspensão segue protocolos internacionais, mas preocupa o setor, um dos pilares econômicos da região.