O Ministério da Agricultura confirmou o primeiro caso de gripe aviária H5N1 em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, no município de Montenegro. Como medida de contingência, ovos e outros itens foram destruídos para evitar a propagação do vírus. Embora não haja comprovação de contaminação nos ovos rastreados para Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, os protocolos sanitários exigem sua eliminação. O ministério reforçou que não há risco para o consumo humano de carne de frango ou ovos, mas a detecção levou países como China, União Europeia, Argentina e México a suspenderem temporariamente as importações de frango brasileiro.
O Brasil, maior exportador mundial de frango, segue acordos sanitários que exigem a suspensão automática de vendas quando há focos da doença em granjas. O secretário-adjunto do Ministério da Agricultura explicou que os bloqueios variam conforme os acordos com cada país, sendo alguns regionalizados. Caso não surjam novos casos em 28 dias após a desinfecção da granja, o Brasil poderá se declarar livre da gripe aviária e negociar a reabertura dos mercados.
Este é o primeiro registro da doença em granjas comerciais no país, após casos anteriores apenas em aves silvestres e criações de subsistência. O ministro destacou que o Brasil conseguiu adiar por dois anos a chegada do vírus a granjas, revisando protocolos sanitários. Enquanto isso, os produtores aguardam a reação dos mercados internacionais, mantendo a confiança na segurança dos produtos brasileiros.