A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou a fase de depoimentos no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Testemunhas de acusação, incluindo ex-comandantes militares, já foram ouvidas e confirmaram a existência de um plano para manter o poder mesmo após a derrota eleitoral. A ordem dos depoimentos segue a legislação, priorizando as testemunhas da acusação e de um colaborador antes das da defesa, garantindo o direito amplo de defesa aos réus.
Entre os depoentes estão militares e ex-integrantes do governo, que foram indicados pelos oito réus do processo. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa os envolvidos de crimes como golpe de Estado, tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Segundo a denúncia, houve uma ação coordenada para impedir a posse do vencedor das eleições. Os depoimentos devem se estender até o início de junho, com mais de 80 testemunhas indicadas, embora nem todas sejam obrigadas a comparecer.
O caso ganhou destaque após um ex-comandante da Aeronáutica confirmar a participação em reuniões que discutiam medidas para contestar os resultados eleitorais. Durante os depoimentos, houve divergências em algumas declarações, levando a advertências sobre o crime de falso testemunho. O processo segue em andamento, com expectativa de que novas informações surjam nos próximos dias.