A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou a fase de depoimentos no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Testemunhas de acusação, já ouvidas, confirmaram a existência de um plano para manter o poder mesmo após uma derrota eleitoral. Entre os depoentes estão militares de alta patente e ex-comandantes das Forças Armadas, que detalharam reuniões e articulações relacionadas ao caso.
A ordem dos depoimentos segue a legislação, priorizando testemunhas da acusação e de um colaborador, garantindo o direito à ampla defesa dos envolvidos. Nesta quinta-feira (22), começaram a ser ouvidas as testemunhas indicadas pela defesa, incluindo generais e outros militares. A fase de oitivas deve se estender até o início de junho, com um total de 82 testemunhas indicadas, embora nem todas sejam obrigadas a comparecer.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), enviada em março, acusa um grupo organizado de tentar impedir a posse do presidente eleito em 2022. Segundo o documento, a suposta articulação envolvia civis e militares, com o objetivo de desestabilizar o Estado Democrático de Direito. O caso segue em andamento, com o STF analisando as evidências e depoimentos para determinar a responsabilidade dos investigados.