O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) negou neste sábado (17.mai.2025) o pedido da defesa para adiar os depoimentos no inquérito que investiga supostas tentativas de interferência no processo eleitoral após as eleições de 2022. A defesa alegou que a análise completa das provas, incluindo documentos recentemente enviados pela Polícia Federal, seria inviável no prazo atual, argumentando que isso comprometeria o direito de defesa. As oitivas das testemunhas estão marcadas para começar na segunda-feira (19.mai) e devem seguir até o final do mês.
Em sua decisão, o relator do caso afirmou que a liberação dos novos documentos, que somam cerca de 40 terabytes de dados, não altera o andamento do processo nem o teor da acusação apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O ministro destacou que o material já analisado pelo Judiciário sustenta a denúncia e que a fase de instrução probatória seguirá conforme planejado, com os depoimentos das testemunhas.
Os depoimentos serão realizados por videoconferência, sem transmissão oficial, mas a imprensa poderá acompanhá-los por meio de um telão instalado no STF. Jornalistas credenciados, no entanto, estão proibidos de gravar os depoimentos. O caso segue sob sigilo, com o tribunal mantendo o cronograma estabelecido para a apuração dos fatos.