A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar nesta terça-feira, 20, a denúncia contra 12 integrantes do terceiro núcleo investigado por suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado. O grupo, composto por militares da ativa, da reserva e um agente da Polícia Federal, é acusado de planejar ações táticas para concretizar o ato antidemocrático. O julgamento, conduzido pelo ministro Cristiano Zanin, ocorrerá em três sessões, com a leitura da denúncia, as defesas dos acusados e a decisão final dos cinco ministros do colegiado.
O núcleo em questão é parte de um inquérito maior, dividido em cinco grupos, que já resultou na aceitação de denúncias contra outros envolvidos, incluindo figuras próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), os investigados teriam atuado na articulação de reuniões, divulgação de manifestos e até no monitoramento de autoridades, como o ministro Alexandre de Moraes. As investigações apontam ainda o uso de técnicas para ocultar a identidade dos participantes, como linhas telefônicas registradas em nome de terceiros.
Até agora, o STF já decidiu por tornar réus integrantes de outros núcleos, incluindo o chamado “núcleo crucial”, composto por Bolsonaro e aliados, além de grupos acusados de gerenciar ações golpistas e disseminar desinformação. O julgamento do terceiro núcleo marca mais uma etapa no processo, que busca apurar responsabilidades e garantir a preservação da ordem democrática. O caso segue sob acompanhamento, com expectativa de novas decisões nos próximos dias.