O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início nesta segunda-feira (19) a uma nova etapa do julgamento que investiga supostas tentativas de interferência no processo democrático após as eleições de 2022. Nesta fase, serão ouvidas 82 testemunhas, incluindo autoridades e militares, indicadas tanto pela acusação quanto pela defesa. Entre os primeiros a depor estão nomes ligados a supostas ações para contestar os resultados das urnas, conforme a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A partir de quinta-feira (22), começam os depoimentos das testemunhas listadas por um dos réus, que firmou acordo de delação premiada. Entre os convocados estão ex-comandantes militares e assessores que poderão esclarecer eventuais articulações. Já entre os dias 30 de maio e 2 de junho, será a vez de testemunhas indicadas pelo ex-presidente, incluindo governadores e ex-integrantes de seu governo.
A denúncia da PGR, apresentada em março, acusa os envolvidos de atuar em núcleos organizados para impedir a posse do presidente eleito em 2022. O STF divide os réus em grupos, com destaque para um núcleo considerado central pela acusação. O julgamento deve se estender até o início de junho, com depoimentos que podem trazer novos detalhes sobre o caso.