O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a ouvir, nesta segunda-feira (19), as testemunhas de acusação e defesa no processo que investiga uma suposta tentativa de manter o ex-presidente no poder após a derrota eleitoral. Entre os depoimentos previstos até junho, estão autoridades como governadores, senadores e ex-comandantes militares, além de servidores públicos envolvidos em diferentes etapas do caso. A Procuradoria-Geral da República (PGR) listou 82 testemunhas, incluindo nomes do alto escalão das Forças Armadas, que já confirmaram ter conhecimento de documentos relacionados ao suposto plano.
Os depoimentos serão divididos em etapas, começando pelas testemunhas da acusação nesta semana. Na quinta-feira (22), serão ouvidas as pessoas indicadas por um dos réus, que fechou acordo de delação premiada. Entre os convocados estão ex-comandantes militares e assessores próximos ao ex-presidente. Já entre 30 de maio e 2 de junho, serão ouvidas as testemunhas da defesa, incluindo um governador e ex-integrantes do governo federal.
A denúncia da PGR, enviada em março, acusa 34 pessoas de crimes como golpe de Estado e organização criminosa, alegando que houve uma tentativa coordenada de impedir a posse do presidente eleito em 2022. Os réus foram divididos em grupos, com destaque para o chamado “núcleo crucial” do suposto golpe. O processo segue em andamento, com os depoimentos sendo essenciais para esclarecer os fatos e determinar eventuais responsabilidades.
