A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a ouvir nesta terça-feira (27) as testemunhas de defesa do ex-ministro da Justiça em um processo que investiga supostas tentativas de golpe durante o governo anterior. Entre os depoentes está um ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que teria emitido ordens para reforçar abordagens a ônibus e vans durante as eleições de 2022, conforme orientações da chefia da época. Nesta semana, estão previstos os depoimentos de 25 testemunhas indicadas pela defesa.
O caso foi aberto após denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusou um grupo de 34 pessoas, incluindo o ex-presidente e seu candidato a vice, de planejar ações para impedir a posse do vencedor das eleições. A PGR dividiu os investigados em núcleos, alegando organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O STF já ouviu testemunhas de defesa de outros envolvidos, como um ex-assessor militar, na segunda-feira (26).
O andamento do processo marca mais uma etapa na investigação sobre os eventos pós-eleição de 2022, com o tribunal analisando provas e depoimentos para determinar a existência de um suposto esquema coordenado. O caso tem repercutido nacionalmente, destacando a importância do respeito ao processo eleitoral e à democracia. As audiências continuam nesta semana, com a expectativa de esclarecer os fatos sob a ótica jurídica.