O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a abertura de um inquérito para apurar a atuação de um deputado federal licenciado nos Estados Unidos. A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que alega que o parlamentar estaria envolvido em ações contra autoridades brasileiras. O deputado, que está licenciado do mandato desde fevereiro e permanece nos EUA, nega as acusações e afirma ser vítima de perseguição.
A investigação foi vinculada a dois processos já em curso no STF: o inquérito sobre fake news e a ação penal que apura suposta tentativa de golpe de Estado. Segundo a PGR, postagens em redes sociais e declarações à imprensa internacional sugerem que o parlamentar busca pressionar o governo americano a impor sanções contra membros do Judiciário brasileiro. O procurador-geral argumentou que tais ações poderiam interferir em processos criminais em andamento no país.
A decisão ocorre em meio a movimentações de aliados do ex-presidente nos EUA, onde tentam construir uma narrativa de perseguição política e buscar apoio de parlamentares americanos. O caso pode gerar repercussões diplomáticas, especialmente se as sanções forem concretizadas, além de impactar o cenário político interno no debate sobre a sucessão presidencial de 2026. O STF também determinou que o ex-presidente seja ouvido pela Polícia Federal para esclarecer o papel do filho nas articulações internacionais.